domingo, 29 de março de 2015

Importância da Hidratação

8 copos de água por dia!

Hoje irei falar sobre água e a sua importância... Sim porque será que os profissionais de saúde, nutricionistas, técnicos de exercício, entre outros, dizem sempre "Bebem água"? Provavelmente já se questionou... Então decidi perder um tempinho a explicar o motivo. O meu objectivo é que percebam a sua importância e que realmente têm que beber muita água por uma vida mais saudável, principalmente para quem procura resultados físicos, mais importância deve dar à hidratação. 
Começo por apresentar-vos o tema com este vídeo animado. Espero que gostem!


A água é o principal constituinte do organismo e é essencial para a vida. Num ser humano adulto o total de água corporal é de 52 a 66% do peso do corpo, dependendo de vários factores, como da idade, do sexo e da quantidade de gordura corporal. Por exemplo, um homem médio de 70 kg e 45 anos contém cerca de 42 litros (60%) de água no organismo. 

O papel da água de solubilização e de modificação das biomoléculas é determinante para todas as reacções fisiológicas, uma vez que estas se processam em meio aquoso, assim como para o equilíbrio homeostático.


Funções da água

As principais funções da água no organismo são:
Transporte – de nutrientes para as células e de substâncias tóxicas para fora do corpo.
Excreção – de produtos resultantes do metabolismo. Através dos rins, são libertadas as substâncias estranhas que o corpo não necessita.
Solvente – como meio onde se dão todas as reacções.
Regulação da temperatura corporal – quando o corpo está excessivamente quente, aumenta substancialmente a sudorese a fim de libertar calor através da evaporação. Ao suarmos, a água que existe no suor evapora-se à superfície da pele, produzindo abaixamento da temperatura corporal. Não é a transpiração por si que faz arrefecer o indivíduo, mas sim a evaporação da água do suor produzido.
Participação em reacções enzimáticas – facilita a digestão, por exemplo.


Efeitos da desidratação na saúde


Uma desidratação continuada tem efeitos no organismo, a médio e a longo prazo, nomeadamente:

No sistema renal – Uma desidratação leve constante e o aumento consequente da concentração do líquido extracelular leva ao aumento da secreção de vasopressina, levando ao processo de concentração de urina. Este efeito vai induzir alterações morfológicas e funcionais no rim, nomeadamente na taxa de filtração glomerular, podendo funcionar como factor de risco para insuficiência renal crónica e nefropatia diabética.

Infecções do tracto urinário – a possibilidade de infecção do tracto urinário não é dependente do estado de hidratação, embora, em caso de infecção, seja muito importante para melhorar os resultados da terapia anti microbiana, uma vez que a diurese diminui o volume bacteriano por eliminação.

Urolitíase – um volume de urina baixo é um importante factor de risco para a formação de cálculos nos rins; o aumento do volume e consequente diluição da urina tem um efeito protector da cristalização de sais.


No sistema digestivo:
Secreção salivar – a desidratação provoca uma diminuição da secreção salivar. Sabe-se que existe uma relação entre a desidratação e o fluxo salivar, muito importante para neutralizar os ácidos da placa bacteriana. Não existe, no entanto, uma relação directa entre a desidratação e as doenças dos dentes, como cárie e erosão dentárias.
Obstipação – a ingestão inadequada de líquidos é uma das causas importantes de obstipação, especialmente em crianças. Embora em pessoas hidratadas o aumento da ingestão de líquidos não altere o volume fecal, em pessoas desidratadas e obstipadas, esse aumento vai melhorar substancialmente a consistência das fezes.


No sistema respiratório:
Doenças bronco-pulmonares – embora se aconselhe frequentemente uma ingestão elevada de líquidos em doentes com bronquite crónica e asma, são necessários mais estudos para se esclarecer o papel da desidratação nestas doenças.


No sistema circulatório:
Doença coronária – alguns autores descrevem uma associação inversa entre o consumo de água e o risco de doença coronária.


Na cognição:
Vários trabalhos que testaram sujeitos em estado de desidratação ligeira, observaram alterações de funções cognitivas como diminuição da capacidade de atenção, concentração e memória, comprometendo em alguns casos, a tomada de decisão e a eficácia da resolução de problemas de aritmética. As crianças e os adolescentes parecem estar particularmente sujeitos a risco de comprometimento da função cognitiva devido a insuficiente hidratação.


Necessidades hídricas de grupos especiais


Lactentes, crianças, adolescentes, grávidas, lactantes, idosos e desportistas apresentam necessidades hídricas especiais:

Lactentes – os lactentes alimentados apenas a leite materno não necessitam de água adicional. Isto aplica-se tanto em ambientes amenos como em ambientes quentes e húmidos. O leite materno contém aproximadamente 87 % de água que satisfaz as necessidades do lactente dos 0 aos 6 meses de idade. Para o lactente dos 7 aos 12 meses, aproximadamente 74% da quantidade total de água ingerida deve provir de água em natureza e de outras bebidas.

Crianças e adolescentes – entre os 2 e os 9 anos existe uma diminuição percentual do conteúdo hídrico do organismo, aumentando a necessidade de ingestão de água apenas em 5 a 10% nesta faixa etária.

Grávida – do aumento de peso que existe habitualmente, uma parte é água devido ao aumento do volume vascular e dos tecidos intersticiais. A necessidade de água das grávidas é pouco maior (apenas mais 3%) que a necessidade da mulher não grávida.

Lactantes – as necessidades hídricas das lactantes são calculadas de acordo com a necessidade da mulher adulta, acrescida da quantidade de água presente no leite materno, para os primeiros 6 meses de lactação.

Idosos – embora nos idosos as recomendações de água não sejam diferentes das dos adultos mais jovens, verifica-se normalmente nesta faixa etária, uma diminuição da sensação de sede, podendo também observar-se alterações da função renal, como a diminuição da capacidade de concentração de urina. 

Desportistas – devem fazer uma correcta hidratação antes, durante e após o esforço físico. Esta hidratação dependerá da condição física do desportista, do tipo de exercício e das condições em que este se realiza. Estas recomendações devem ser específicas para cada indivíduo. O tipo de hidratação a fazer, nomeadamente o recurso a bebidas enriquecidas em sais minerais e glucose, dependerá da intensidade do esforço, da duração do exercício, das condições climatéricas no qual ele é praticado e do estado de hidratação antes do início do exercício. Contudo, o normal é de 1,5L-2L de água.


Por uma Vida mais Saudável... Beba Água!


Catarina Gonçalves

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